Podemos ter memória de fatos que vemos no dia-a-dia, mas também criar memórias de algo que imaginamos e não vimos. Daí vem a minha pergunta: sua marca faz parte da imaginação do consumidor ou é somente quando ele a vê que se lembra de ti?
A realidade é a exceção, ilusão é a regra. A vida se dá dentro do cérebro das pessoas e não fora dele. Quando eu escrevo aqui: imagine um prato branco e nele um croissant grande, quentinho, folhado, amanteigado, crocante e recheado! Quando você o corta ao meio, escorre um monte de Nutella no prato, quentinha e você a leva à boca e sente o doce sabor e….
Viu! Eu nem te mostrei o croissant! Pior, ele não existe aqui fora, não é real, mas você construiu na sua mente. Você sentiu a quentura, a crocância, e viu até a Nutella escorrendo no prato, além do gosto doce em sua boca. Ah! E sentiu o cheiro amanteigado!
É, meu caro! O mundo se dá dentro da mente do seu cliente e não fora dela. Você precisa começar a provocar sensações no seu cliente e nos consumidores para que realmente você tenha uma estratégia de branding eficiente. Ou Melhor! Eficaz.
Aí vai a minha segunda brandquestion: você provoca sensações em sua loja (olfato, tato, paladar, audição) ou acredita que branding é só provocar a visão?
Humm. Vamos repensar sua marca? Ela tem um sabor? Daí você me diz: ”Ah, mas minha marca não é ligada a alimentos, não é desse setor”. Ah, tá! Então você não pode ligar sua marca a um sabor de anis, por exemplo, ou a um cheiro de canela que ajuda fixar a memória! Claro que pode e sempre que eu chupar uma bala de anis de quem eu vou lembrar? Quando sentir cheiro de canela que marca virá à minha mente?
Brandquestion de número três: seu cartão de visitas tem um “tato”?
Olha que nem precisa ser real, basta uma imagem que meu cérebro vai ler a superfície rugosa, aquosa, lisa como uma seda ou como um veludo.
Ok, vamos lá para a minha última pergunta para ti: quantos adjetivos tem seu branding?
Não sabe?? Xiiii!! Sabe, adjetivos são palavras que caracterizam o substantivo atribuindo-lhes qualidades, estados, aparência… pois é. E se você usá-los com propriedade e descaradamente terás uma percepção brutal da tua marca. Adjetivos nos fazem imaginar.
Já imaginou você ganhando dinheiro porque fez BrainDing? Como? Tocando o sininho no cérebro do consumidor.
Pedro Camargo: Consultor e professor em Marketing, autor de livros em Neuromarketing. Palestras e cursos de Biologia do comportamento do consumidor e neurociência aplicada ao consumo: pedrocjc1@yahoo.com.br