Branding, a principal ferramenta do Capitalismo Sustentável

Creio que assim como eu, muitos adeptos do sistema liberal, conhecido como capitalismo, estão felizes com a maturidade do mercado ao ponto de empresas tradicionais pontuarem o branding como ferramenta essencial para o mundo dos negócios.

bolsas-principais-paises-continuam-estaveis_ACRIMA20120517_0015_15O sistema capitalista viveu o auge de sua crise depois de o Prêmio Nobel de Economia, Milton Friedman, apresentar a importância do lucro em prol dos acionistas. Então, foram criadas estratégias agressivas de comunicação e marketing por parte das corporações visando vender mais e mais, o que importava, acima de tudo, era o dinheiro. Com isso, o mercado foi se deteriorando, pessoas consumindo sem necessidade real, produções em larga escala, empresas poluindo, agredindo o meio ambiente e a comunidade. Marcas como a Nike tiveram sua imagem desgastada após escândalos de abuso de mão de obra na sua cadeia produtiva.

Após um consumismo fora de controle e sociedades pontuadas em “ter” ao invés de “ser”, facilidades de crédito, mercado financeiro em alta, grandes especulações econômicas; Estourou a crise, gigantes como o Citigroup e a Chrysler “quebraram”.

Atualmente, com o consumidor bem mais sensato e exigente, muito pela facilidade de comunicação e obtenção de informações que a internet trouxe, passou a priorizar marcas com responsabilidade social, com valores reais e com propósito. Surge então a gestão da marca, e empresas que antes pontuavam suas ações em lucro, se voltam a valorizar todo o ambiente que está condicionada.

David Aaker e outros grandes nomes começaram a estudar a marca e o valor que ela agrega para a empresa, surgiu o Brand Equity, que é o valor adicional de um produto/serviço, ele influencia na forma como o consumidor pensa, sente e age em relação à marca; nos preços; em sua parcela de mercado e no lucro gerado pela marca à empresa.

A marca passou a ser um ativo importantíssimo da organização, hoje existem inúmeros rankings de avaliação de seu valor. O valor de marca já é pontuado em suas ações no mercado financeiro, relevante  influenciador na hora da decisão de compra; Estamos na era em que as empresas contam histórias e envolvem pessoas, passou da relação de troca de produto/serviço por capital, o consumidor virou parte da organização, assim como os colaboradores, fornecedores e todos os envolvidos na comunidade de uma determinada marca, seja ela local ou global.

1Chamei de capitalismo sustentável, pois, na era do branding, o liberalismo está sendo exercido da forma que John Locke, Adam Smith, entre outros o imaginaram. Um sistema correto e livre, no qual as empresas são economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente corretas, onde o lucro é resultado de trabalho duro, digno, com ética e propósito.

Estamos na época em que as marcas, como a Coca-Cola, que orienta seus consumidores sobre o consumo correto e saudável de sua bebida, empresas como o Google, que privilegia  e valoriza seus colaboradores e como a Nike, que se redimiu  investindo no esporte em comunidades carentes como no Capão Redondo, bairro da cidade de São Paulo.

“Se quiser ter uma vida plena, prenda-a a um objetivo, não às pessoas nem às coisas…” 

Albert Einstein

2 respostas

    1. Olá,
      A Nike é uma das marcas que mais desenvolve projetos socioambientais. Seja na tecnologia de seus produtos, com materiais que não agridem o meio ambiente, ou então com projetos sociais em comunidades carentes espalhadas pelo mundo.
      Se quiser saber mais: http://www.nike.com/us/en_us/c/better-world
      Ainda, o InfoBranding lançou um livro no ano passado, no capítulo 4, de minha autoria, falo um pouco sobre essa estratégia da marca e estou desenvolvendo um estudo sobre, em breve publicarei algo no portal.
      Obrigado.

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