Mexer no logo de uma marca conhecida é um grande desafio e uma tarefa quase proibida. Neste caso, não estou falando de um novo logo ou evolução do design. É quando alguém resolve alterar o logo para deixá-lo adequado a certo material.
É muito comum os próprios funcionários ou fornecedores adaptarem os tamanhos, comprimindo ou esticando para ‘fazer caber’ o tal do logo em qualquer lugar. É aquela apresentação quem tem muita imagem e aperta o logo na parte de baixo ou aquele brinde em que o logo vermelho ficou rosa.
Apesar de toda a marca ter um manual de identidade visual com normas de aplicação (veja ao lado o exemplo do uso incorreto do logo do Senac), para desespero dos designers e criadores da marca, não há limites para a criatividade alheia.
É certo mudar o logo?
Minha reflexão aconteceu ao ver a nova campanha das Casas Bahia. A marca vermelho e azul com splashes amarelo, agora aparece multicolorida como as cores do iphone 5C (veja abaixo). Supercool e super jovem. A estética parece abertura da série teen Malhação. Nos comerciais o logo aparece várias vezes com diferentes combinações de cores como quadros do Andy Warhol.
É ruim? Ousado com certeza! Uma tentativa de se reinventar em um mercado competitivo (Ponto Frio, Magazine Luiza e os hipermercados como Extra e Carrefour) e tentar voltar ao posto de maior anunciante do Brasil, perdido pela Unilever. Talvez as Casas Bahia tenham gostado de colorir o logo, como fizeram na Copa do Mundo no Brasil, como tantas outras marcas fizeram.
O Google faz uma espécie de brincadeira com os doodles, o Yahoo também. E nessa onda criativa e tão dinâmica, podem os designers se revoltarem? Vejam os comerciais e concluam.
Referências