No último sábado o Centro Universitário Belas Artes recebeu o Branding Summit, evento organizado e sob a curadoria de Martha Gabriel e Marcia Auriani que abordou o branding sob diferentes pontos de vista, apresentando conceitos e proporcionando a interação entre plateia e público. E quando o assunto é branding, o InfoBranding marca presença com Amanda Higa, Denise Cavalcanti e Gabriel Meneses, que trazem as novidades para você!
Marcia Auriani, executiva de branding e gestão do design, iniciou o ciclo de palestras com “Brand Content & Estratégias de Marca” contextualizando o branding e sua importância para a gestão dos negócios, desde suas funções primordiais, como identificar e diferenciar, até chegar na realidade digital, na qual as marcas precisam investir em conteúdo (brand content) para chamar a atenção e se relacionar com o seu público.
Logo em seguida, Alessandro Saade assumiu a palavra a abordando o tema “Economia Criativa e seu Impacto na Gestão de Marcas”, onde enfatizou a necessidade de se orientar por um propósito claro, se mantendo enxuto e ágil nas ações. Saade também salientou a necessidade de se conhecer a última milha, isto é, o último ponto de contato com o consumidor, contato que estabelece o momento da compra. Isso coloca em cheque a necessidade de conhecimento do processo como um todo, desde a concepção até o processo pós-compra.
Para fechar o primeiro bloco os dois palestrantes, Marcia Auriani e Alessandro Saade, conduziram um painel no qual o ponto de destaque foi o fato de negócios digitais refletirem negócios reais, isto é, por mais que uma marca seja essencialmente digital, sua atuação acontece no mundo físico, seja na produção ou na logística.
Seguindo com o programa, Pedro Camargo abordou como tema o “Neurobranding”, destacando questões biológicas como determinantes do comportamento do consumidor. Sobrevivência e reprodução ganharam destaque como fatores motivadores que interferem diretamente nas suas escolhas.
Valeria Brandini deu sequência à abordagem do comportamento do consumidor ao tratar do tema “Netnografia e o Comportamento Humano na Era Digital”, colocando em foco questões como as relações entre empresa e consumidor neste novo cenário, especialmente na utilização do BIG DATA como fonte primária para o desenho de estratégias. Outra questão central foi a supervalorização do indivíduo acima da sociedade.
Valeria Brandini e Pedro Camargo conduziram um diálogo no qual a relação homem e máquina assumiu aspecto central, com questões relacionadas aos limites entre as duas frentes e da tendência de ambos se fundirem em diversas atividades. Nesse sentido, ficou evidente a necessidade de explorar os potenciais da tecnologia como extensão das capacidades que precisamos aprimorar, por exemplo a internet e os computadores como extensores do nosso cérebro no que diz respeito ao armazenamento e processamento de informações.
Como sempre, Lincoln Seragini empolgou o público com sua palestra “Alma da Marca – Design e Emoção da Marca”, na qual abordou a existência da alma da marca, no sentido de que ela transborda os limites gráficos de seu logotipo para abraçar a emoção das pessoas a partir de estratégias sustentadas por propósitos e valores compartilhados.
Daniela Lemke, Luciano Ribeiro e Maximiliano Tozzini Bavaresco participaram do painel “Branding em Ação: cases e desafios” falando sobre pains & gains na visão do cliente.
Lemke falou sobre o desafio de promover o cooperativismo, contando sobre sua experiência no Sistema OCB visando um cooperativismo justo e ético; Luciano Ribeiro questionou o público sobre quais experiências e qual imagem vendemos ao mundo, ressaltando também a importância da ética no contexto das marcas; e Maximiliano Bavaresco destacou a importância da gestão para construção de uma marca de valor.
Para fechar o Branding Summit, Martha Gabriel compilou os assuntos apresentados ao longo do evento e abordou o Branding imerso na realidade digital na qual empresas e consumidores coexistem, cenário que sofre constantes influências de tendências e ondas de mudança inesperadas, intituladas de “zeitgeist”, que determinam a necessidade de adaptação.