No dia a dia acabamos utilizando sem questionar ou simplesmente acaba “passando batido” diversos termos que trazemos desde a nossa infância. Porém, alguns deles podem ter um significado jamais imaginado ou, pior, carregarem uma triste história.
Este é o caso do “criado-mudo”, um dos produtos da marca ETNA – referência no mercado de móveis, decoração, cama, mesa, banho, iluminação e utilidades domésticas – que, no Dia da Consciência Negra (20 de novembro), inicia um movimento que visa abolir o termo do vocabulário dos brasileiros e das varejistas do segmento devido ao seu significado.
A iniciativa, em parceria com a TRACYLOCKE BRASIL, agência global de shopper experience dos Grupos Omnicom/DDB e ABC, propõe uma reflexão sobre a data:
Historicamente batizado como “criado-mudo”, desde o tempo da escravidão, o móvel – um dos mais vendidos na maior rede varejista de decoração do Brasil – passará a ser chamado de “mesa de cabeceira”.
A mudança na ETNA já está acontecendo de forma gradual, até que todas as lojas físicas e site da marca se adequem a comunicação. Paralelo a isso, a ETNA convida outras empresas do segmento para colocarem em desuso o termo. Os fornecedores da varejista também serão convidados a excluírem a nomenclatura racista das embalagens, manuais e notas fiscais.
A proposta é extinguir o nome e criar um impacto no mercado varejista. Para isso, a TRACYLOCKE BRASIL criou uma campanha 360 e a hashtag #CriadoMudoNuncaMais para firmar esse compromisso.
“Pequenos gestos ajudam a transformar o mundo. Queremos mostrar com essa iniciativa que podemos, mesmo com fatos históricos, inspirar um pensamento e uma atitude diferente”, explica o CCO da agência, Rodolfo Barreto.
Para que o movimento alcance ainda mais pessoas, um filme será veiculado no ambiente digital mostrando pessoas reais contando a origem do nome do móvel. Elas foram convidadas a abrir a gaveta de uma mesa de cabeceira e ler uma carta. Ao terminarem, descobrem como algo que parece tão simples, mostra a realidade histórica sobre pessoas que foram escravizadas. A ideia é que as pessoas repassem o conteúdo a diante para que a ação tenha ainda mais impacto e o termo racista seja, de fato, excluído do vocabulário dos brasileiros.
“Acreditamos que essa campanha pode contribuir para uma reflexão e motivar outros movimentos de mudança como esse”, finaliza Karina Alfano, Gerente Executiva da ETNA.
Para que os clientes tenham acesso a esse contexto histórico e origem do tema, a marca criou uma página com informações completas: www.etna.com.br/criadomudonuncamais.
4 respostas
Frescura pura, puro MiMiMi causado pela internet.
Agora inventaram uma nova origem racista para o nome.
Meu Deus, onde o mundo vai parar..
Discutir o nome de um móvel que não fede nem cheira é muita falta do que fazer.
“frescura”, “puro mimimi”, “onde o mundo vai parar” = expressões usadas por pessoas preconceituosas que se sentem desconfortáveis quando confrontadas
O nome do móvel é “criado-mudo” não “escravo-preto”
Puro marketing. As agências estão direcionando para as ” causas sociais” os temas pois atraem toda a atenção. Besteira pura. Ninguém diz ” criado mudo ” de modo racista ou maldoso, até porque ninguém sabe dessa origem – se é que ela é verdadeira.