Em muitas das pesquisas que estou realizando, textos que estou lendo e cases que estou estudando, me percebi tendendo para uma área. O empreendedorismo.
Primeiro pela história do InfoBranding, segundo pelo que vejo no mercado com os surgimentos de startups e outros negócios e, por fim, devido a um case que será apresentado em breve neste veículo, sobre o Magazine Luiza.
Refletindo a respeito do assunto de maneira geral, percebo que o que dizem sobre empreendedorismo não me pareceu novidade, quando digo de conceito, mas também de sua presença na sociedade. Quando me formei há 10 anos a conceituação e o perfil do empreendedor eram os mesmos dos dias de hoje. Buscando em Dornelas (2008), grande referência da área: “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades”. Intangível em tangível. Processo de transformação onde envolvo risco, pessoas, recursos. TransformAÇÃO!
E diante disto e olhando ao nosso redor, todos estão buscando alternativas de melhorar o que faz e buscando oportunidades para sua vida, pois o empreendedorismo está ligado a melhoria de vida.
Escritores apresentam maneiras para viabilizar seus negócios, instituições como o Sebrae apoiam os empreendedores com orientações e capacitação, e o mercado pedindo novidades, inovações e brilho nos olhos.
Por meio de técnicas de gestão o empreendedor busca criar uma estrutura sólida para seu negócio. Traça metas, objetivos, perspectiva de resultados e custos, define seu público, analisa as tendências de mercado e busca sempre cursos para melhorar seu desempenho.
O mercado sempre apresentou um cenário para tornar tudo isso possível! Teoria básica de economia: Demanda e Oferta. Há uma demanda, devo atendê-la mediante a uma oferta, e ai envolvo preço, disponibilidade do produto… No entanto, apesar do mercado apresentar cenário favorável ao empreendedorismo e o brasileiro ser considerado, em sua essência, um empreendedor, percebo que falta algo, acho que falta brilho nos olhos.
Outros estudiosos falam deste “brilho nos olhos”, nesta confiança e paixão que existe no inicio de um negócio, mas diante das dificuldades este brilho se apaga, ou ao menos a bateria se mostra fraca para manter um brilho mais forte. E isso me fez perceber que o brilho pode se enfraquecer quando surgem desafios não esperados, as pessoas não estão envolvidas, os recursos se acabam e, na minha opinião, quando o propósito não é de fato vivido.
Entender e vivenciar o propósito de uma organização, sendo ela pequena ou uma grande organização é fundamental para a longevidade dela. Pois é o propósito que sustenta a organização nos momentos mais desafiadores que ela passar. Realizar as ações com consciência e atento às mudanças do mercado é importante, mas sem PAIXÃO, é vazio. Se é para ser mais um, onde esta a inovação? Onde está o diferencial? Na marca? Não!
Uma marca sem propósito é só um símbolo sem significado, sem vida. Uma marca com propósito é forte e coerente. Se posiciona e possui musculatura para enfrentar a concorrência. Não é mais uma! Mas deve-se gerenciar estes elementos para que tudo isso seja de fato tranformAÇÃO, oportunidade e paixão!
“Brilho nos olhos” para empreender não é para gerar riquezas, mas sim trabalhar com paixão, reconhecer que os desafios virão e deve-se estar preparado para eles e que a marca, por meio do propósito da organização deve ser de fato grande diferencial no mercado e na sociedade, gerar riquezas ao empreendedor, mas poder contribuir par ao desenvolvimento do mercado.