No dia 1º de agosto, o InfoBranding visitou a 7a edição da Expo Disney 2013, uma feira de negócios que aconteceu no Transamérica Expo Center, São Paulo. O evento contou com a participação de mais de 120 empresas licenciadas e 40 mil produtos em exposição. Com o intuito de promover a integração entre empresas, varejo e parceiros promocionais, além de exibir conteúdos da Disney, Marvel, Star Wars e LucasFilm, a feira também contou com uma área dedicada à ESPN com o “Hall da Fama”, e também teve palestras com convidados nacionais e internacionais.
“O nome Walt Disney Company imediatamente evoca todo tipo de associações maravilhosas – magia, criatividade, encantamento, imaginação. Com efeito, é tão coberto do pó de fada da Sininho que as pessoas muitas vezes sós e concentram na parte “Walt Disney” e esquecem que ela ainda é uma “empresa”. Nós acreditamos que temos muito em comum com a maioria das outras empresas e que a maior diferença é que os produtos que vendemos envolvem elefantes voadores, sereias e reis leões.” – Michael D. Eisner, ex-CEO da The Walt Disney Company e da Paramount Pictures e Fundador da The Tornante Company.
Devido aos fortes atributos da marca, que transcendem o nível de produtos e serviços e geram experiências e emoções, a Walt Disney Company, uma das maiores empresas licenciadoras no Brasil e no mundo, justifica o crescente interesse das empresas em utilizar a imagem de seus consagrados personagens. Não apenas para atingir o público infantil, já que a Disney busca alcançar todas as idades e fases da vida, de geração para geração. Pense no universo infantil feminino: eles têm as Princesas; para adultos acima dos 25 anos: eles têm a franquia Star Wars e para os jovens que gostam de quadrinhos: eles têm a Marvel.
Na feira foi apresentado um catálogo de franquias para 2014 que explica o licenciamento, mostra o poder das marcas e os atributos associados aos produtos Disney: Ligação emocional, Magia, Relevância global, Modelos flexíveis de negócio, Atemporal e envolvente. O material ainda detalha os atributos que cada linha e personagem possuem e qual público-alvo é atingido por eles, mostrando números, informações de varejo, canais online, quantidade de títulos de CDs, DVDs e prévias de lançamentos para embasar a força do portfólio de marcas da Disney e passar credibilidade aos franqueados.
A Expo Disney trouxe um pouco do universo Disney. Temos estandes institucionais de segmentos que o grande público não sabe que a empresa está presente, como a Rádio Disney, a Gravadora Disney e até a Corrida Disney. A experiência dos seus Parques Temáticos estava lá, com cenários para tirar fotos com os personagens, atores caracterizados e até a lojinha na entrada tinha os moldes da loja da Disney World.
E para mostrar que a Disney e seus parceiros são uma família, eles liberaram a entrada de crianças no último dia. Os filhos de franqueados, convidados e empresas envolvidas, puderam curtir um Disney Day sem sair do Brasil.
A feira não contou só com exposições de produtos. Foram montados 3 espaços para palestras: a sala Marvel, a sala das Princesas e o auditório Frozen. E a equipe InfoBranding esteve presente em algumas palestras.
Rony Rodrigues, da Box 1824, falou sobre Tendências dos Milênios. Ele fez uma breve explicação sobre as gerações dos últimos tempos:
- Os baby boomers nascidos pós-guerra que têm uma mentalidade um pouco conservadora, preferem a estabilidade do emprego fixo e valorizam a experiência.
- A geração X, nascida nos anos 60-70s, vivenciou importantes acontecimentos políticos como as Diretas Já e o final da ditadura.
- A geração Y, bebês dos anos 80s, já experimentavam um mundo tecnológico, são multitarefas: ouvem música, trabalham, navegam na internet. São ansiosos por mudanças e novidades. Uma parte dessa geração foi classificada como yuppie (Young Urban Professional – Profissional Urbano), jovens ambiciosos que visam rápida ascensão profissional e financeira.
- A geração Z, nascidos nos anos 90-2000, vivem a era da tecnologia e redes sociais, são imediatistas e impacientes.
Ele traçou o perfil dos jovens de hoje, incluindo temas como as manifestações no País e influência das redes sociais. Também mostrou iniciativas inovadoras como Perestroika, Augusta Lab e VodooHop.
Enfim, os jovens de hoje são dinâmicos e antenados em tecnologia, se manifestam de onde quer que estejam. O Brasil tem mais celulares do que pessoas e mais da metade dos aparelhos já são smartphones. Vivemos a era do conexão e da mobilidade. Sem separação do on e off-line.
“Pensando fora da caixa: Mudando mindsets para criar uma cultura de inovação” foi o tema debatido por Timothy Altaffer, da Axialent, em sua palestra. Ele iniciou a palestra abordando a evolução do ser humano e como as inovações e tecnologias influenciam a vida, criando uma expectativa de vida maior. Ele mostrou um gráfico que nos anos 60 a expectativa de vida de um ser humano era de 61 anos e hoje em dia está em 77 anos. Mas ao mesmo tempo mostrava que as empresas de hoje não duram tanto tempo quanto as de antigamente! A explicação dele foi a falta de inovação.
Ele citou algumas razões para se inovar:
- Favorecer o crescimento econômico
- Para o progresso do bem estar humano
- Obter vantagens competitivas
- Reduzir de custos não é suficiente
- Aumentar das receitas
- Aproveitar as oportunidades
- Ter mais fluxo de inovação
- Melhorar os resultados
Para inovar precisamos quebrar os pensamentos padrões, pensar diferente sem medo de ser derrotado.
Dara Trujillo, gerente de Merchandise da Walt Disney Company, falou sobre “Como Transformar o produto em experiência”. Ela ressaltou a importância da marca Disney sempre se lembrar de sua essência e porque foi fundada. Alguns pontos são essenciais para a marca: nostalgia, amor, confiança, valor, memórias, herança, familiaridade, inovação, humor, entusiasmo, magia, entretenimento. Todos os produtos se desenvolvem de acordo com esses pilares.
E para continuar a encantar novas gerações de buscar diversificação de produtos, a empresa busca inovação e conteúdo criativo. Essas são palavras-chave para o crescimento futuro e desenvolvimento das empresas que fazem parte do grupo. Um exemplo disso foi a Disney Tech que contempla produtos relacionados à tecnologia, como cases de celulares e tablets, uma maneira de acompanhar a vida moderna. A empresa também tem aplicativos para esses dispositivos para oferecer entretenimento no dia-a-dia do consumidor.
Um dos pontos fortes da palestra da Dara falou sobre o desenvolvimento de produtos. A empresa cria souvenires que são vendidos em seus parques, mas com o objetivo que façam parte do estilo de vida dos seus consumidores, que tenham um significado naquele momento (boné com orelhas dos personagens) ou também depois, durante o ano inteiro (linha de móveis da Cinderella ou roupas).
Ela também mostrou cases de produtos e serviços que se tornam experiência: o salão Bibbidi Bobbidi Boutique (que transformam meninas em princesas), miniaturas de chapéus (objetos para coleção) e até uso em pets, e fotos de celebridades que visitam o parque.
Um curioso caso de exploração de oportunidade foi a transformação de elementos do parque em produtos para merchandising. Comidas e até lixeiras podem virar “personagens” licenciáveis, como as turkey legs, os churros e as maçãs do amor que estampam camisetas.
A Disney também proporciona uma experiência de varejo com lojas temáticas, clube de fãs com interesses em comum (trocas de pins e The Pirates League). Assim, a empresa também tem o “reason to buy” pelas experiências, o consumidor não compra apenas para ter um produto, mas para viver o estilo Disney. E é isso que as grandes empresas devem fazer para ter novos consumidores fieis.
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Matéria feita por Amanda Higa, Fernando Rubino e Lets Ikeda