Introdução à Criatividade

Estamos vivendo um momento em que as tecnologias de vanguarda facilitam e permitem a rápida expansão do conhecimento, mas, ao mesmo tempo, “engessam” o comportamento. Por isso, somente por agirmos criativamente é que podemos tomar consciência disso e inovar.

Assim, é fundamental que os profissionais liberem, desenvolvam e expandam suas habilidades criativas, percebendo criticamente esse mundo que os cerca, a fim de que sobrevivam com sucesso, alavancando novas práticas e estratégias capazes de satisfazer as atuais exigências do mercado.

Pensando nisso, neste artigo falaremos sobre as habilidades criativas, para que vocês possam se perceber e perceber o mundo de maneira crítica, sentindo-se estimulados ao exercício de tais habilidades.

Criatividade: que “bicho” é esse? 

Criatividade é a tradução dos talentos humanos natos para uma realidade exterior que seja nova e útil, dentro de um contexto individual, social e cultural. É, portanto, uma habilidade para gerar novidade e, com isso, ideias e soluções úteis para resolver os problemas e desafios do dia-a-dia.

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As empresas precisam de pessoas criativas para encontrar novas soluções para problemas antigos, criar novos produtos, fazer melhor que o concorrente, encontrar novos caminhos entre planos e resultados, atrair o cliente, adivinhar o que o cliente quer, aumentar sua participação no mercado ou fazer algo que nenhuma empresa pensou em fazer antes.

Contudo, por mais paradoxal que pareça, Criatividade está relacionada com simplicidade. Nada ou pouco tem a ver com conhecimento e inteligência, aquela do Q.I. Todos nós, potencialmente, somos criativos, nascemos criativos, mas precisamos estimular e aperfeiçoar tal habilidade.

“Dentro da pedra já existe uma obra de arte. Eu apenas tiro o excesso de mármore!” (Michelangelo)

Criatividade é, portanto, um “estado de espírito” que precisa encontrar um ambiente propício para aflorar. É preciso olhar o mundo como de fato é, e não como achamos que seja!

Infelizmente, deixamos de ser o que éramos quando criança: bons “filósofos”! E ser um bom filósofo é se permitir observar as coisas. Observá-las tais como elas são, sem preconceitos e pré-julgamentos, sem paradigmas.

Hoje, mais e mais pessoas reconhecem que ser criativo é algo decisivo para a felicidade e a realização profissional. As pessoas criativas são aquelas que se antecipam no que fazem, dão início a novos negócios, inventam produtos, constroem, projetam, produzem, fazem coisas de grande beleza. As pessoas criativas geralmente são aquelas que levam uma vida social excitante e estimulante, de modo a estarem constantemente aprendendo e fazendo. Pessoas criativas acabam ocupando cargos elevados, tornando-se líderes, pessoas que entendem como solucionar problemas ou inspiram outras para que se aperfeiçoem.

Ter ideias é descobrir relações novas entre coisas conhecidas. É por isto que dizemos que as ideias mais simples são as melhores. A simplicidade faz parte da criatividade e muitas vezes a solução, por ser tão óbvia, não é vista com tanta facilidade. O processo criativo é de domínio público, inerente a cada um de nós. E, consciente ou inconscientemente, nascemos com habilidades criativas.

Precisamos, portanto, aprender a trabalhar tais habilidades e desenvolver o nosso “viver criativo”. Para isso, concluiremos com a indicação das 4 qualidades indispensáveis para sermos criativos e levarmos uma vida criativa:

  • Curiosidade: a força inquisitiva
  • Abertura: flexibilidade e respeito pelo novo
  • Tolerância ao Risco: a coragem de abandonar o “conforto” do conhecido
  • Ânimo: o combustível para a criatividade

“O (sujeito) criador se sobressai em termos de personalidade, temperamento e ponto de vista. Está constantemente descontente com os padrões mais comuns. Nada em direções pouco conhecidas e gosta, ou pelo menos aceita o fato de ser diferente da multidão. Quando surge alguma coisa anormal (…), ele não recua diante da surpresa. Quer entender e determinar se constitui um erro trivial, um acaso raro ou uma importante, mas até agora desconhecida, verdade. Ele é confiante e resoluto. Há uma razão para que tantos criadores famosos odeiem ou larguem a escola – eles não gostam de marchar na cadência dos outros…

(GARDNER, Howard. A Mente Criativa. Revista Época Negócios, no2, Abril de 2007)

 

Por Ana Lucia Pita

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