st.Paragon – Profissionalismo antes de serem profissionais

Conheça a história do estúdio de design que nasceu a partir da vontade de empreender de dois alunos que, desde o início da vida universitária, se comportavam como verdadeiros profissionais de mercado.

O conceito de empreendedorismo nunca esteve tão em alta quanto hoje em dia. Livros sendo lançados, cursos ministrados, conteúdos e cases de sucesso disponibilizados em sites de referência e compartilhados diariamente em redes sociais, isso sem contaras inúmeras fontes nas quais podemos nos inspirar para, um dia, empreender.

Segundo o dicionário, empreender significa decidir colocar em prática ou executar algo laborioso, ou seja, algo que demanda certo empenho para acontecer. Está relacionado a transformar ideias em prática e, no senso comum, faz referência ao mundo dos negócios.

Empreender não significa, no entanto, apenas criar um novo negócio. Seu conceito pode ser aplicado dentro das corporações, na medida em que profissionais, gestores ou não, decidam implementar suas ideias na prática, empreendendo-as com o objetivo de alcançar melhores resultados, conceito conhecido como intraempreendedorismo.

Mais do que uma tendência,o empreendedorismo é uma realidade e impacta milhões de pessoas. Tal impacto, por sua vez, pode ser positivo ao incentivar, engajar e encorajar a busca por novas ideias e modelos de negócios ou, por outro lado, pode representar uma grande pressão para aqueles que acreditam que se tornar o próximo unicórnio é a única medida válida para o sucesso.

Nesse contexto, um dos grupos mais impactados pelos conceitos do empreendedorismo é o dos universitários prestes a ingressar no mercado de trabalho, inspirados a perseguir o sonho do negócio próprio desde cedo.

Aqui temos duas grandes notícias positivas:a primeira é que ingressar no mundo corporativo também possibilita a aplicação dos conceitos de empreendedorismo. E a segunda é que muitas empresas de sucesso nascem e prosperam já no ambiente universitário, sendo realmente uma opção válida a ser perseguida!

A grande questão é saber lidar com as oportunidades e trilhar um caminho que lhe direcione aos seus grandes objetivos profissionais.

Porém, é mais fácil falar do que fazer. Afinal, nem só de conceitos se sustenta a realidade da competitividade de mercado.

E foi em meio a essa realidade que nasceu o estúdio de design st.Paragon, dentro da universidade e que hoje conquista seu espaço no mercado criativo com importantes trabalhos realizados e exemplos a serem compartilhados, cuja importância reside na empatia e na proximidade que sua história tem da realidade de muitos jovens empreendedores brasileiros.

Sem mais delongas, vamos a história da st.Paragon! 

Como tudo começou

st.Paragon começou em abril de 2018, quando os dois designers começaram a trabalhar juntos em uma parceria informal, lidando ao mesmo tempo com trabalhos fixos e projetos universitários. Mas foi em março de 2019 que foi dada a largada oficial da sua jornada, quando se desligaram de todos os outros projetos paralelos e decidiram focar no estúdio em tempo integral.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, a sociedade não começou a partir de uma grande amizade; foi a amizade que se desenvolveu a partir da ideia de empreender que uniu dois alunos que não se conheciam e que foram apresentados por uma professora em comum.

Estamos falando de Camilla Brandão e Heitor Muramatu, alunos de design que, em comum, apresentaram desde cedo um comprometimento muito grande com a qualidade dos projetos, com o aprofundamento teórico e as boas práticas da área do design.

“Profissionais antes de serem profissionais” faz referência à maneira como a professora descreveu os sócios da st.Paragon, característica que, segundo ela, fez com que fossem apresentados um ao outro.

A importância da marca pessoal

O comprometimento que uniu os dois profissionais é um atributo importante de suas marcas pessoais que, desde cedo, foram notadas e causaram impacto no mercado. Não apenas pela figura da professora, mas por todos os possíveis contatos que pudessem indica-los ou contratá-los.

Assim como é para as empresas, o branding pode e deve ser aplicado às pessoas, que passam a gerenciar seus atributos de forma estratégica com objetivo de formatar a mensagem que desejam passar para o mercado e, desta forma, se posicionar segundo seu propósito, seus valores e seus diferenciais em um processo conhecido como branding pessoal.

Esse mesmo comprometimento que os uniu é uma das características destacadas por empreendedores na hora de buscar um colaborador, um fornecedor ou um parceiro de negócios. Focando na área do design, por exemplo, comprometimento é característica buscada por empreendedores como Charles Caan, da Caan Creative Solutions e Sandrine Billard, da Petit Louarth, ambos integrantes da Jornada do Branding.

Sobre os sócios

Tanto Camilla, quanto Heitor são profissionais profundamente apaixonados pelo design e com a percepção que o mercado tem da área. Isso implica não apenas na qualidade dos projetos que entregam, mas, sobretudo, na maneira como atendem seus clientes.

Essa postura não é reflexo da abertura da st.Paragon, ela é anterior. Está presente como característica pessoal dos dois designers.

Camilla Brandão sempre foi autodidata e, desde seus 12 anos buscava aprender sozinha os assuntos que lhe interessavam. Na faculdade, tal anseio reverberou e impulsionou Camilla a absorver o máximo de conceitos e experiências de professores e colegas.  Heitor Muramatu, por sua vez, queria ser engenheiro, mas mudou de ideia e decidiu seguir na área do design, unindo criatividade e análise à sua abordagem.

Ambos se dedicavam ao máximo aos projetos de faculdade e networking com professores e colegas, estabelecendo ali os primeiros laços profissionais.

Com esses perfis, os dois passaram por agências e empresas de grande porte, como McDonald’s e Mania de Churrasco, no caso de Camilla, e FutureBrand, jobs para Martha Gabriel, Formaggio Mineiro, além de participação na empresa júnior da faculdade Belas Artes, no caso de Heitor.

Nessa trajetória estabeleceram bons contatos e, hoje, essas empresas são todas clientes da st.Paragon que, embora nova, reúne clientes e projetos de peso em seu portfólio.

A st.Paragon conquistou parcerias graças ao histórico de seus sócios que abriram mão de certa estabilidade e carreiras promissoras em grandes empresas, arriscando para empreender. Tal risco, porém, foi calculado tanto do ponto de vista de suas carreiras quanto do ponto de vista financeiro.

Construindo a partir de um propósito

Paragon é o nome dado ao “diamante perfeito”, puro e impecável; o décimo maior diamante branco do mundo. Tal pedra foi descoberta e extraída no Brasil e, em sua jóia, é somado a qualidade de outras pedras raras.

Como metáfora, o nome escolhido e o desenho da marca transmitem não apenas a ideia de ênfase na qualidade e em um resultado impecável, mas também a percepção de que partes somadas ajudam a qualificar o conjunto da obra.

O processo de definição do nome de uma marca é chamado de naming e, embora pareça algo simples à primeira vista, reúne em si uma série de detalhes estratégicos e legais que fazem toda a diferença.

É registrável enquanto marca verbal? É possível registrar o seu domínio na internet? Quais significados ele carrega em si? Se a empresa expandir internacionalmente, esses significados podem impactar a marca de forma negativa em outras culturas? Sua pronúncia é fácil ou complexa? O nome fica bom representado visualmente no logotipo? Compõe bem em caso de marcas mistas, nas quais se utilizam elementos gráficos de apoio ao logotipo?

Questões como essa precisam ser pensadas no início do processo e, além de preferências pessoais dos detentores da marca, precisa levar em consideração, sobretudo, o perfil do consumidor e percepções do mercado.

Já o slogan da marca é “tudo parte de um ponto”, que pode ser uma indicação, uma conversa, uma referência ou uma ideia e, a partir daí, relações são criadas e o projeto toma forma.

Clássica e elegante, a marca transmite confiança pela sua composição, cores e utilização. A palavra “estúdio” foi utilizada com a sua abreviação do inglês “st.”, uma vez que os sócios sempre tiveram interesse em atuar fora do Brasil. Além disso, dessa forma, o ponto ganha destaque na composição e traz cor para a apresentação visual da marca:

A interessante escolha do ponto

O ponto é um dos elementos básicos da linguagem visual, a partir do qual surgem e se somam outros elementos para estruturar a expressão característica do design, que comunica conceitos através das formas, unindo estética e função.

Mais do que isso, sua abordagem por parte da st.Paragon faz referência direta à soma de visões que conhecemos como pilares da gestão do design e metodologia do Design Thinking, que dão aos projetos o tão importante aspecto multidisciplinar e com foco em soluções para as pessoas.

Tais conceitos de soma, união de pontos de vista e de abordagens em prol de um resultado desejado e visto como apropriado, refletem o propósito da st.Paragon, que pode ser traduzido como:

Abraçar o ponto de vista do cliente e, de forma integrada e personalizada, entregar a melhor solução.

Esse propósito, por sua vez, é refletido no atendimento ao cliente, na escolha de fornecedores, no posicionamento de marca e em todos os seus pontos de contato.

O segredo do atendimento st.Paragon

Por ser uma empresa pequena que está iniciando suas atividades, os clientes da st.Paragon vieram, em sua maioria,através de relações anteriores com os sócios ou por indicações diretas.

Assim, clientes que conheciam o Heitor naturalmente buscam estabelecer contato com ele, enquanto os clientes que vieram para a st.Paragon via Camilla, fazem o mesmo com ela.

O interessante é que, de forma consciente e estratégica, os sócios têm tomando o cuidado de quebrar esse ciclo de ações ao trocar e intercalar o atendimento dos clientes de forma a fazê-los lidar com os dois. Assim, aos poucos, a transição da imagem dos sócios para a imagem da st.Paragon acontece.

Em paralelo a esse movimento inicial, o estúdio segue o foco de atendimento personalizado em que cada projeto é uma nova oportunidade de entregar o melhor resultado, estreitar relacionamentos e fortalecer a marca st.Paragon na mente e no coração dos clientes.

Pontos importantes percebidos pelos clientes:

  • Foco na necessidade do cliente;
  • Comprometimento com o resultado;
  • Profissionalismo em todos os detalhes;
  • Marca pessoal consolidada;
  • Responsabilidade com a imagem do cliente;
  • Paixão pelo design.

A metodologia st.Paragon

Um dos assuntos levantados por Heitor ao falar da maneira como a st.Paragon se posiciona foi a pressão imposta pelo mercado. Uma pressão que acaba por comoditizar serviços e produtos criativos pelo senso de urgência desenfreada e a necessidade de substituir as coisas de maneira muito rápida.

Muitas vezes isso acaba tirando o tempo dos profissionais realizarem pesquisas, estruturarem um conceito bem fundamentado (base para a diferenciação) e entregar soluções exclusivas e projetadas sob medida.

Tal comoditização criativa acaba por denegrir a percepção da área e também de seus profissionais, algo errôneo que vai de encontro à inovação e disrupção tão perseguida pelos empreendedores.

Para driblar esse cenário e, dia após dia, diferenciar a st.Paragon no mercado, os sócios buscam consolidar uma metodologia própria que atenda às suas necessidades enquanto designers e, principalmente, que ofereça agilidade e qualidade nos serviços prestados.

O interessante desse processo é que Camilla e Heitor estão se permitindo testar possibilidades e adequar o que for necessário para potencializar sua abordagem. Guiados por tentativas seguidas de erros, acertos e aprendizagem,o estúdio tem otimizado seus processos e compartilhando seus valores no mercado.

Falamos em empreendedorismo, características pessoais, primeiros passos na abertura da empresa, relacionamento e atendimento personalizado – partes que, juntas, compõe a estratégia de branding de uma empresa.

Mas como o Branding é percebido e trabalhado na marca st.Paragon?

A gestão da marca tem sido feita de forma empírica, como muitos empreendedores tendem a iniciar, seguindo o feeling dos gestores e aplicando aquilo que julgam ser a melhor estratégia para sua marca, sempre com a percepção de valor do design transmitido em cada projeto para o cliente e, assim, demonstrando profissionalismo dos sócios.

Nesse processo de branding empírico, Camilla e Heitor se permitem testar soluções e adequá-las de acordo com os feedbacks e percepções obtidos no dia a dia.

No momento em que a marca se encontra, a preocupação principal é transformar Camilla e Heitor em st.Paragon, em um processo de transição de atributos dos fundadores para o negócio.

Sendo assim, antes de um planejamento baseado em metodologias de branding, quadros, tabelas, canvas e painéis semânticos, os sócios da st.Paragon se preocupam com sua entrega para garantir que seu propósito aconteça na prática.

Isso remete ao conceito de Volante da Ruptura– apresentado por Jim Collins em seu livro Empresas Feitas para vencer – que aborda a implementação de novas diretrizes, abordagens e práticas em uma organização.

Segundo este conceito, no início, a implementação de algo novo acaba sendo mais onerosa, enfrentando algumas dificuldades e barreiras que não permitem que ela seja percebida de forma natural. Porém, como tempo, os stakeholders vão percebendo o lado positivo do novo e incorporando-o em sua rotina, algo que, com o tempo, torna tudo natural e mais leve.

Desta forma, o volante da ruptura que inicialmente era mais pesado e travado, com o tempo acaba ficando mais fácil de ser virado. Uma atividade impulsiona a outra até que o mesmo gire com facilidade, fazendo com que a nova abordagem permeie a organização e faça parte de sua cultura.

O futuro da st.Paragon

Quando questionados sobre como imaginam a st.Paragon em um futuro próximo, Camilla e Heitor de pronto responderam: “como um hub de design”, dinâmico, completo e com inúmeras possibilidades a serem exploradas.

O maior desafio é cuidar da expansão da marca, uma vez que a fonte de indicações que trouxe os principais clientes uma hora vai se esgotar e, neste momento, a capacidade de captação e prospecção fará toda a diferença.

Nessa jornada o uso da metodologia para tornar a atuação da st.Paragon escalonável é fundamental, mantendo o propósito e os valores vivos para que, mesmo com uma estrutura maior, preserve aquilo que vem possibilitando sua existência até hoje.

Para tanto é investido tempo no planejamento, aprendizado e atualizações constantes.Assim, no momento de expandir sua atuação e se tornar um hub de design, os designers terão experiências acumuladas como seus pilares de sustentação.

Ter experiência de mercado é essencial para abrir novos mercados!

Como próximos passos, os responsáveis pela st.Paragon vem investindo em sua presença digital com ênfase em serem encontrados em mecanismos de busca além de se tornarem referência no segmento de atuação.

Mensagem final dos sócios da st.Paragon

Nada acontece do dia para a noite. Tudo demanda esforço, dedicação, empatia, humildade e, embora muitos tenham jogado baldes de água fria em seus sonhos dizendo que o estúdio não iria dar certo e prosperar, Camilla e Heitor acreditaram no sonho em comum e empreenderam.

Com esforço, a iniciativa tem dado certo e o dois conseguem planejar o próximo ano de atuação.

Como já dizia Walt Disney, “se você pode sonhar, você pode fazer”, desde que você analise cada passo, aprenda com os erros e busque sempre dar o seu melhor.

As pessoas vão perceber e comprar a sua ideia!


 

Camilla Brandão e Heitor Muramatu são designers, apaixonados por tendências e desafios. Criaram juntos a st.Paragon e se dedicam a entregar as melhores soluções para seus clientes, abraçando seus pontos de vista e entrando no jogo para somar.

 

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