O que te inspira a comprar determinado produto? A Marca que ele carrega e o consequente status que esta pode lhe conceder? As funcionalidades? Ter um gadget do momento?
Não importa qual seja a resposta para essas perguntas, podemos ter certeza de apenas uma coisa: ninguém compra sem pretensão alguma. Esta última é comumente chamada pelos profissionais de marketing de necessidade a ser satisfeita, para os que estudam o assunto ainda nos bancos da faculdade, este é o primeiro tópico a ser tratado pelos professores, e logo vem a seguinte pergunta:
Mas afinal, qual a necessidade do cliente?
Nos dias de hoje chegar a essa resposta é algo muito difícil, e cada vez mais os consumidores se tornam muito exigentes. No Brasil, a “Classe C” em especial, cobra qualidade e marcas renomadas.
Para achar a resposta correta, as empresas vêm usando do Big Data para obter informações sobre seus clientes. A ferramenta nada mais é do que a junção de tudo aquilo que as pessoas fazem no mundo virtual, seja nas redes sociais, sites que a pessoa entrou, as pesquisas que fez no Google, todas essas informações misturadas em dados estruturados (aqueles que são checados, limpos e corretos) e os desestruturados que são os dados “sujos” e incompletos.
Mas e para que servem esses dados? Se antes as empresas segmentavam seus clientes e tentavam encontrar grupos com características parecidas, agora com o avanço do uso do Big Data é possível personalizar as ações para cada indivíduo.
Muitos já devem ter percebido que as propagandas no lado direito do seu perfil no Facebook são em sua maioria baseadas em informações que você andou procurando na internet nos últimos dias. Até mesmo em outros sites, você deve ter reparado que os banners que aparecem geralmente são daquele produto que você andou procurando no Google, por exemplo.
Além disso, é possível conhecer hábitos dos consumidores com base no que eles fazem na internet. Segundo uma pesquisa da Universidade de Cambridge, com base nos dados de 58.000 usuários do Facebook foi possível perceber uma relação um tanto quanto incomum, que pessoas com alto QI gostam da voz do ator Morgan Freeman (Revista Veja, 2013).
A ferramenta pode proporcionar não só a chance de personalização, mas também de melhorar o awareness da marca, dar destaque e agregar valor para a mesma. Isso porque quando uma oferta se encaixa perfeitamente aos gostos do usuário, as chances de despertar interesse e efetivação da compra são grandes, consequentemente a identificação com a marca e a possibilidade de fidelização no futuro são maiores.
Dada a importância e os ganhos que o Big Data oferece, cabe as empresas agora aprenderem a utilizar essa ferramenta que oferece também uma vantagem competitiva por aumentar a possibilidade de adaptação da proposta de valor da marca.
Patricia Gatti Marchesi: Graduanda de Administração de Empresas da ESPM/SP. Desenvolveu o gosto por branding com os estudos, com o trabalho e pelo universo instigante das marcas. Adora dançar, com o ballet desenvolveu a disciplina e a atenção, o que contribuiu para um olhar todo diferente a respeito das marcas e do relacionamento com o consumidor.