Por que o propósito importa?

Hoje o tempo parece passar mais rápido, informações vão e vem o tempo todo e a nossa atenção precisa se dividir em várias frentes que parecem se sobrepor. São diversos estímulos que literalmente brigam por um espaço em nossas mentes.

Pegue seu smartphone por cinco minutos, não importa a hora, e você será bombardeado por uma infinidade de anúncios, de diversas marcas, que disputam a sua atenção de igual para igual com seus amigos e interesses particulares. A mesma coisa acontece em um simples passear pelo shopping, mercado ou até mesmo no trânsito: basta abrir os olhos e um milhão de estímulos vai atingir você!

Neste contexto, escolher entre uma marca e outra se tornou uma tarefa complicada e muitas vezes desgastante. Mesmo assim parecemos conseguir simplificar esse processo e manter a preferência por algumas marcas. Mas por quê?

Exatamente pelo “porque” que essas marcas oferecem ao consumidor. Ou seja, por conta do seu propósito, que representa o motivo pelo qual ela se difere da concorrente e, que leva o consumidor a escolhê-la.

Como já abordamos anteriormente aqui no InfoBranding (aqui e aqui), o propósito é a razão de ser de uma marca. É aquilo que alinha e guia todas as ações de comunicação que a marca adota na sua estratégia de gestão. É o propósito que dá liga à estratégia de branding e suas ações.

Grandes marcas agem de acordo com o seu propósito e por isso conquistam o seu espaço na mente e corações dos consumidores, como é o caso da Coca Cola, Starbucks, Nike, Disney entre outras. Nesse sentido, o propósito se relaciona com o conceito de posicionamento, que para Al Ries e Jack Trout (2003, p.4-7) é “manipular”o que já existe na mente e criar novas conexões através da simplificação máxima da mensagem para que ela “corte a mente” do receptor em meio a avalanche de comunicação existente.

Mas isso não é só para as grandes! As pequenas empresas também podem e devem se valer de seus propósitos como alicerce para desenvolver suas marcas. Na verdade, elas têm grandes chances de conseguir bons resultados, afinal, sua gestão é enxuta, o contato com os stakeholders (aqueles que entram em contato com a marca, interna ou externamente à empresa) é mais próximo e o fator humano aparece com maior facilidade.

Trabalhar em torno do propósito requer acima de tudo esforço e comprometimento por parte dos gestores, que precisam ter claras  essas três questões:

1)      Por quê o negócio existe?

2)      Que mensagem queremos passar?

3)      Qual solução oferecemos? 

Respondendo a essas três questões é possível entender o significado da marca e, a partir daí desenhar a sua identidade e preparar suas ações.

Tal abordagem trará coerência e veracidade para a marca e, o vínculo com o consumidor estará pautado sobretudo em valores compartilhados. Com isso a preferência aumenta e as chances de ser trocada diminuem.

Em meios a diversidade de ofertas no mercado, marcas que tem um forte propósito se destacam e criam relações mais fortes com as pessoas, se adaptando as tendências e se mantendo atualizada sem perder sua essência.

A abordagem de propósito não se aplica apenas para marcas corporativas. Ela se encaixa perfeitamente às marcas pessoais, sejam elas atuantes autônomas ou colaboradoras de organizações (outras marcas). Entender o propósito da marca a qual representamos profissionalmente influencia o nosso comportamento de trabalho, nossa visão de carreira além de potencializar o bom aproveitamento de oportunidades.

Termino este post com um convite: pense no propósito das marcas e comece a traçar relação com a forma como elas se comportam, trazendo as boas práticas para o seu dia a dia.

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