Laranja, amarelo, vermelho ou azul? Sim, o dinheiro tem várias cores, dependendo em qual banco ele está. E verde parece ser a cor menos provável.
Há alguns anos vemos um movimento forte das instituições financeiras para reforçar suas marcas. Para isso, além do logo, os bancos estão se apropriando de cores para identificar toda sua comunicação, especialmente as agências.
Quando passamos por uma fachada comercial laranja, é muito provável que seja uma agência do Itaú. Apesar das edificações não serem padronizadas quanto à construção, ou seja, cada agência tem uma fachada e arquitetura distintas, elas têm um ponto em comum: todas tem além do logo do Itaú, a cor laranja. Sejam placas de aço perfurado ou perfis ACM.
Com a lei paulistana da Cidade Limpa, esse recurso precisou ser mais explorado. Sem poder usar totens altos e backlights de logos enormes, as áreas de Marketing & Branding dos bancos foram obrigadas a modificar as fachadas das agências. Como não era mais possível avistar os grandes logos de longe, qual era a melhor saída? Pintar as fachadas com as cores institucionais do banco.
Assim temos o vermelho para o Santander, o azul escuro para a Caixa e o amarelo canário para o Banco do Brasil. No caso do Bradesco que tem o logo vermelho como o Santander, as fachadas receberam o vermelho e também um azul. Provavelmente para se diferenciar, apesar de rumores dizerem que o banco brasileiro foi obrigado a usar o azul porque o Santander entrou com uma ação garantindo a exclusividade do vermelho.
Essas cores institucionais ultrapassaram os limites físicos e estão presentes em outros pontos de contato. Além das agências e materiais impressos, as cores estão nas mídias sociais e comerciais. Para comprovar, é só acessar as fanpages. Os posts do Bradesco têm predomínio das cores vermelha e azul nas imagens.
E a marca do setor financeiro que é referência no uso desse recurso é o Itaú. No seu Facebook, a maioria das imagens usa o laranja. Até as fotos dos anúncios têm um filtro laranja ou objetos destacados nessa cor. O site e o Twitter têm o fundo cítrico, o que reforça ainda mais a marca em todos os pontos de contato e mídias.
Os bancos públicos seguiram a mesma tendência, passando por reformulação de conceito de imagem e reformando as fachadas das agências. Mudaram o aspecto de instituições governamentais atrasadas para empresas modernas e competitivas.
Todos esses exemplos comprovam que um Branding planejado e bem executado é tão importante quanto o preço das tarifas e o portfólio de serviços de um banco. O Branding é também uma peça fundamental para conquistar as contas e a lembrança dos consumidores.